JUNHO VIOLETA é a campanha que visa alertar e informar a população sobre o ceratocone, doença que atinge uma em cada 2 mil pessoas, e é agravada por um hábito comum: coçar os olhos!
As principais características são:
aumento da curvatura da córnea e afinamento da sua espessura, levando ao formato de CONE (por isso o nome da doença)
acometimento ocular bilateral e assimétrico
redução da acuidade visual (visão fica “distorcida”)
casos mais avançados podem progredir com cicatrizes locais
A doença tem um componente hereditário, o que significa que se houver um caso na família os parentes próximos devem ser investigados.
Geralmente os sintomas iniciam na adolescência. A progressão da doença depende da idade do paciente na época do seu aparecimento e do seu diagnóstico. Quanto antes identificada, melhor será o prognóstico e as possibilidades de tratamento.
Pacientes com baixa acuidade visual, miopia e astigmatismo devem ser adequadamente avaliados pelo médico oftalmologista, pois a prevalência do ceratocone é maior nesse contexto. Exames diagnósticos complementares incluem a medida da curvatura da córnea e da sua espessura.
O tratamento do ceratocone inclui desde o uso tópico de colírios, até a necessidade de cirurgia, como transplante de córnea. Em geral, óculos e lentes de contato fazem parte do tratamento inicial dos casos mais leves. Na doença mais avançada é necessário lançar mão de técnicas cirúrgicas como o Crosslinking, implante de anel intracorneano e transplante de córnea.
Assim, o acompanhamento oftalmológico, especialmente para o grupo de risco (pacientes jovens, com histórico familiar ou os sinais/sintomas acima descritos) é fundamental para garantir o diagnóstico precoce e sucesso no tratamento.